Pronto para dar o primeiro passo?

Juntos podemos fazer a diferença.

Se és um cidadão


A moda tem um grande problema de desinformação. Não se sabe o suficiente sobre o impacto desta indústria no planeta, só se sabe que é uma das mais poluidoras. Mas não podemos baixar os braços.

Se fazes parte de uma marca

Realizámos uma análise da certificação de sustentabilidade na indústria têxtil portuguesa, para melhor entender as práticas sustentáveis que as empresas podem adotar.

Dá o primeiro passo

Se és um cidadão, são estes os pequenos passos que deves dar, rumo a um consumo consciente.

Questionar

O primeiro passo para a mudança é questionar. 

Está nas tuas mãos a responsabilidade de perguntar acerca da produção da tua roupa. De onde vem o algodão? Quem o produz? Que ecossistemas são afetados pela produção desta fibra? 

De forma adicional, e enquanto consumidor, há outras questões que devem ajudar a guiar o teu caminho. O que motiva o teu consumo? O que te faz ponderar sobre se uma compra vale, ou não, a pena? O que te leva a escolher uma marca ou produto em prol de outro? 

Quando dás este passo, dificilmente voltas atrás. Passas a fazer parte deste caminho. E estás pronto para dar o passo seguinte.

Investigar

A indústria da moda é das mais poluentes do mundo. Não há nenhuma fase da produção têxtil que não tenha efeitos ambientais nocivos. As algumas das consequências passam por poluição da água, inexistência de recursos hídricos para consumo e ameaça à preservação dos ecossistemas.

Os efeitos sociais desta indústria também são sombrios. A plantação de algodão, em particular, está associada a práticas laborais de exploração e pouca, ou nenhuma dignidade social.

Estes são apenas alguns dados que deves investigar, conhecer, compreender e usar para refletir sobre as tuas escolhas.

Ponderar

O consumo sustentável de moda passa por escolhas conscientes de compra, uso/manutenção e descarte de cada peça de roupa.

Cientes de que a relação preço-qualidade e as tendências de moda são fatores relevantes para os consumidores, queremos que, no momento de compra, uso e descarte de roupa, tenhas todas as ferramentas disponíveis para tomares uma decisão ponderada.

Agir

No momento de agir, deves considerar os 6 R’s: Repensar, Rejeitar, Reduzir, Reparar, Reutilizar e Reciclar. Em nome do nosso planeta e das nossas pessoas. 

  • No momento de compra, repensa a tua ação. Precisas mesmo de mais uma peça de roupa? Conheces a origem do material utilizado e as condições de fabrico? 

  • Rejeita a compra, se reconheceres o impacto ambiental e social que esta poderá ter. Por si só, este é um ato de consciência ambiental. Quebra o ciclo das compras intermináveis. 

  • Tens demasiada roupa no teu armário? Reduz e recicla. Podes vender aquilo que já não usas, através de plataformas digitais, ou em espaços físicos, como feiras e mercados. Garantes, assim, que a tua roupa não se esgota, e ainda consegues criar um rendimento extra. Se preferires, podes doar a tua roupa a amigos e familiares, ou dirigir-te diretamente a instituições de solidariedade social, garantindo, assim, que sabes o destino final das tuas peças de vestuário.       

  • A vida útil da tua roupa é maior do que podes pensar. Mesmo que te deixe de servir, ou tenhas feito algum rasgão, podes reparar. Não caias na tentação de comprar mais vestuário. Investe tempo em descobrir como remendar as tuas roupas (podes até retirar daqui um novo hobby), ou procura alguém que te ajude nesta função. Lembra-te de que o teu armário não se esgota. 

  • Se concluíste que já não te identificas, de todo, com uma peça de roupa, reutiliza. Não a descartes. Podes transformá-la numa outra peça de roupa - por exemplo, podes criar um top a partir de umas calças antigas -; ou até em materiais de limpeza para a casa. Além de poupares dinheiro, prolongas o ciclo de vida da roupa. E garantes que esta não se esgota.

Dá o primeiro passo

Se fazes parte de uma marca, são estes os pequenos passos que deves dar, rumo a melhores práticas.

Investir na Sustentabilidade

É essencial investigar quais as práticas que impactam positivamente o planeta e as pessoas, e como aplicá-las internamente.

Conhecer, de forma profunda, as consequências que a produção têxtil cria é importante para garantir que se colocam em ação políticas internas para combater a pegada nociva deixada por esta área. Quando compreendem os efeitos positivos que podem ter no planeta e nas pessoas, as marcas estão a caminhar, passo a passo, para um mundo mais sustentável. A preocupação genuína, e a vontade de quebrar um ciclo que já nos persegue há tempo demais, é o primeiro passo.

Investir em Certificações

Apesar dos custos elevados associados, investir em certificações de sustentabilidade cria um retorno significativo a longo-prazo.

As empresas certificadas são economicamente mais rentáveis, e têm resultados operacionais mais robustos. Além disto, quanto mais empresas se dedicarem a esta área, mais os consumidores a irão percecionar como crucial. 

Investir na Capacitação

Os colaboradores das empresas devem ser capacitados para a adoção e manutenção dos modelos de certificações, pelo que o investimento deve ser feito de forma transversal a toda a empresa. 

Investir na Comunicação

As empresas certificadas devem investir na comunicação integrada da sua estratégia de sustentabilidade, para que outras marcas entendam este compromisso como essencial para o negócio, para o planeta e para as pessoas 

Ouve o nosso podcast
“Uma t-shirt não se esgota”

“Uma t-shirt não se esgota”, com Filipa Galrão, é um podcast do projeto Pequenos Passos, que pretende ajudar-te a tomar decisões mais conscientes. Aqui, falamos sobre sustentabilidade, hábitos de consumo de moda, transformação de roupa, impacto negativo da moda no planeta, e soluções que podes adotar no teu dia a dia, para caminharmos rumo a um planeta mais saudável. Passo a passo. 

São cinco episódios, com cinco especialistas, sobre temas que se complementam. Não percas nenhum.  

Cuida do nosso planeta e das nossas pessoas.
Os pequenos passos são a resposta.
Tu podes fazer a diferença.
Quebra o ciclo.